terça-feira, 30 de dezembro de 2014

Reveillon da Família Xapuriense


A prefeitura de Xapuri através da secretaria de cultura está organizando o réveillon da família xapuriense. A programação começará às 23 horas com animação da Banda Babilônia. A meia noite haverá a queima de fogos na virada do ano.

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

Alunos do IFAC Campus Xapuri visitam Biofábrica Clones da Amazônia em Rio Branco

A profa. Janiffe Peres de Oliveira, responsável pela disciplina Biotecnologia Vegetal do Instituto Federal do Acre – IFAC/Câmpus Xapuri, organizou uma aula prática com os alunos do 2º Ano do Curso Subsequente em Biotecnologia, na Biofábrica Clones da Amazônia, em Rio Branco. A aula aconteceu na quinta-feira, 18 de dezembro de 2014.


Durante a aula os alunos conheceram as instalações da Biofábrica bem como seus equipamentos e funcionamento. “Eles acompanharam a rotina da Biofábrica e entenderam todo o processo de produção de mudas de Bananeira e Abacaxizeiro por meio das técnicas de Cultura de Tecidos Vegetais”, destacou a professora.

Além disso, os alunos conheceram equipamentos de tecnologia avançada que são utilizados na Biofábrica para produção de mudas, como por exemplo, os chamados Biorreatores de Imersão Temporária, e entender o seu funcionamento e as vantagens do seu uso.

Durante as atividades a responsável técnica da Biofábrica, Simone Maciel, esteve presente e relatou informações a respeito da capacidade de produção da Biofábrica, rotina de trabalho, processo de produção e sobre a organização quanto aos reagentes e sobre a montagem do banco de dados interno da Biofábrica para posteriormente poder calcular o custo de produção das mudas.

Os alunos mostraram-se bastante curiosos e interessados a todo o momento com relação à técnica. A professora Janiffe disse que ficou satisfeita com o desempenho da turma e feliz com a oportunidade de poder oferecer aos alunos uma prática em um laboratório de alto nível tecnológico e em plena produção.


Segundo a professora Janiffe Peres de Oliveira, a Biofábrica apresenta-se como um potencial vínculo empregatício para os alunos formados pelo IFAC na área de Biotecnologia. “É muito importante que os alunos, além de conhecerem as técnicas biotecnológicas durante as aulas, possam ter a oportunidade desse contato direto com estas instituições para vislumbrarem o mercado de trabalho e, assim, despertem o interesse por algumas das mais diversas áreas que a Biotecnologia permite atuar”.


Fonte: Site do IFAC. 

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Reagindo aos poucos

Sete dias após ser atingido com tiros de espingarda, durante uma operação na cidade de Xapuri (AC), o delegado Antônio Marques Melo, titular da Delegacia do pequeno município, já está respondendo à estímulos e, mesmo sob efeito de sedativos, consegue falar um pouco com a família e equipe médica. Ele está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (HUERB). O profissional perdeu parte do baço e um dos rins.

Em contato com o secretário de Polícia Civil do Acre, Emylson Farias, a informação é de que no último sábado, 20, o delegado já conversou com familiares. “Ele apresentou melhoras nos últimos dias e já fala um pouco, mesmo com o efeito dos sedativos. Mesmo assim, ele não fala ininterruptamente ainda”, informa o chefe da polícia judiciaria do estado. 
Após a tentativa de homicídio, o delegado, que também é conhecido como Carioca, chegou a ser encaminhado para o Hospital Epaminondas Jácome, em Xapuri (AC), mas devido ao seu quadro clinico foi encaminhado às pressas para a capital.

Em Rio Branco (AC), Antonio Marques passou por uma intervenção cirúrgica que durou cerca de seis horas. Ele entrou em coma induzido, e foi mantido desacordado por alguns dias.
 
O DELEGADO

O delegado de Polícia Civil Antônio Carlos Marques Melo, é conhecido como um dos delegados mais atuantes do estado do Acre. O profissional já chefiou, inclusive, Operações de combate ao narcotráfico, ocorridas na região fronteiriça do Acre. Um dos pontos mais fortes do currículo profissional do delegado, à frente da Delegacia da pequena Xapuri, é a prisão de Gary Gonzáles Gioy, de 37 anos, acusado de integrar um dos bandos de pistoleiros mais temidos da região da cidade boliviana de Santa Cruz de La Sierra. 
 
Segundo informações da polícia boliviana, o grupo de pistoleiros é responsável por realizar diversas execuções na região Oriental daquele país. O criminoso era procurado pelas polícias judiciárias do Peru, Bolívia e Brasil, e possuía o nome da lista negra da Polícia Internacional (Interpol). 
 
Matéria publicada ontem no site Ac24horas de Rio Branco. 

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Situação de delegado baleado ainda é gravíssima, diz Huerb

A situação do delegado Antonio Carlos, baleado por Elivan Verus da Silva no último domingo (14) ainda é gravíssima, segundo boletim médico divulgado às 22 horas de ontem. Hoje pela manhã o secretário de Policia Civil, Emylson Farias, disse que essas 72 horas são cruciais.


“Continuamos esperando que ele reaja aos medicamentos e aos procedimentos que foram adotados. É caso de continuarmos orando”, comentou.

Por volta das dez horas desta terça-feira, Antonio Carlos receberá a visita de familiares e de membros da segurança pública que acompanham o tratamento. 

Do Ac24horas. 

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Xapuriense supera amputação de braço, joga futebol e diz: "Minha vida mudou"

Superação. Vitória. Inclusão. Qualquer um desses termos podem ser utilizados para começar a contar a história de Dorival Ribeiro Rodrigues, 35 anos, professor que defendeu o time do Banco da Amazônia (Basa), vice-campeão da 22ª Copa Bancária de Futsal, competição que terminou no dia 22 de novembro, em Rio Branco. Acreano, nascido no Seringal Filipinas, a 33 km do município de Xapuri, no interior do estado, aos dez anos, ele enfrentou o maior desafio da vida. Picado no pulso por uma cobra jaracuçu, Dorival precisou ter o braço direito amputado e se adaptar a uma nova realidade.


- Estávamos voltando para casa, depois de um dia de trabalho em uma terra onde íamos plantar feijão, e precisávamos atravessar um rio, que estava cheio e com galhos. Quando ia passando, ela deu o bote e mordeu. Andava com uma espingarda, dei um tiro e a matei. Fui para casa, a dor era suportável, mas inchou muito rápido. No outro dia meu pai foi atrás de um barco para me levar até Xapuri. Me levaram em uma rede no barco. De lá, fui levado de ambulância para Rio Branco e quatro dias depois amputaram meu braço - relata.

Dorival conta que não tinha ideia da gravidade do problema. Segundo ele, o resultado do acidente, além de lhe modificar fisicamente, mudou também a vida em geral. 


- Fiquei um ano internado, longe da família, sozinho. Meus pais não tinham condições de ir, ficaram desesperados no seringal, pois não sabiam se eu estava vivo ou morto, já que não tinham notícia nenhuma. A enfermeira me disse que iam fazer uma cirurgia, mas eu não sabia o significado da palavra. Achei que era uma coisa boa. Fui para a mesa, me deram a anestesia e quando acordei, olho e já estava sem o braço. Chorei, conversei lá e o jeito era tocar a vida pra frente. Morava no seringal, não tinha oportunidade e a partir desse momento minha vida mudou. 

Ao sair do hospital, Dorival retornou para Xapuri para iniciar um novo momento. De família muito carente, até os dez anos ele nunca tinha ido à escola e nem pego em um lápis, apenas trabalhava como braçal. Na cidade do interior, aos 11 anos, começou a estudar e trabalhar.

Foi superação. Fui vender refresco. Vendi por oito anos, junto com meu irmão, para poder estudar. Com 19 anos, ainda estava na oitava série, mas fui convidado para dar aula no seringal e deixei os estudos, por necessidade, e voltei para ajudar na comunidade onde nasci. Tive a sorte de, no ano seguinte que cheguei lá, o governo ter investido na formação de professores que não tinham o ensino médio completo. Graças a isso, concluí o ensino médio em dois anos - relembra.

Apesar das dificuldades, ele conta que nunca pensou em desistir da vida. Segundo o professor, o principal empecilho para superar o problema foi a necessidade de se adaptar a escrever com a mão esquerda.


- Levo uma vida normal. A dificuldade principal não foi nem a questão do psicológico, mas sim a adaptação para escrever com a mão esquerda, pois era destro. O psicológico foi tranquilo. Demorou um pouco até assimilar, mas pensei que Deus sabe o que é melhor pra gente e se isso aconteceu é porque ele tem um propósito na minha vida. Podia ser com meu pai, com um dos meus irmãos, e talvez fosse mais difícil do que foi comigo. Se Ele colocou essa prova é porque sabia que eu iria superar isso e, graças a Deus, superei - afirma.

"O ESPORTE PODE FAZER UMA PESSOA MELHOR" 

Dorival destaca que o futebol, único esporte que prática, entrou na sua rotina aos poucos. Como não tinha condições de jogar no seringal onde nasceu, só conheceu o amor pela bola quando passou a residir em Xapuri. E, mesmo com a dificuldade física, ressalta que nunca foi rejeitado na escolha dos times para as partidas.

- Sempre joguei bola em Xapuri, disputei primeira divisão, fui campeão municipal duas vezes. Gosto de jogar, participo de vários campeonatos que me convidam. No início, quando ainda não tinha muito costume de entrosar com pessoal, ouvia muitas coisas tipo: 'ah, o sem braço', 'o aleijadinho'. Mas ignorava. Nunca fui dos piores, sempre joguei mais ou menos, então, o pessoal fazia questão de me chamar, gostavam de jogar comigo.


Dorival terminou o segundo grau com 21 anos e, em 2006, conseguiu entrar em uma faculdade. Atualmente, é formado em letras e trabalha como professor no município de Epitaciolândia, a 230km de Rio Branco. Ele garante que se sente realizado na vida, principalmente por ter superado, junto com os irmãos, os obstáculos que ela lhe propiciou.

- Meu pai faleceu no fim do ano em que retorne à Xapuri, quando eu estava para completar 12 anos. Isso complicou mais ainda a nossa vida. Mesmo assim, conseguimos superar. Tenho objetivos ainda, mas me sinto realizado. Por sair de onde saí, com minha família, com humildade, conseguimos na garra, com muita luta - afirma.

O professor disputou dois jogos (semifinal e final) da Copa Bancária de Futsal desta temporada e marcou dois gols. Campeão da edição 2013 do torneio com o Basa, ele destaca que vive cada dia como se fosse o último e vê no esporte um lazer com o poder de transformar as pessoas para melhor.

- Esporte pra mim sempre foi diversão. Você extravasa, se diverte, brinca. Faz bem para a mente, para a alma, para a saúde. Não se pode desistir nunca. Temos que sempre buscar o melhor para se viver, pois nunca sabemos o dia de amanhã. Viver cada dia intensamente, como se fosse o último, independente do problema que se tenha, pois a vida é única. O esporte pode fazer uma pessoa melhor, desde que se pratique com objetivo, serenidade, respeito aos rivais, sabendo ganhar e perder - finaliza.

PROMOTOR DO MPE DESTACA: "INCLUSÃO É TUDO"

O promotor de justiça titular da Promotoria Especializada de Defesa da Cidadania do Ministério Público do Acre (MPE-AC), Rogério Voltolini Muñoz, que defende os direitos difusos coletivos e indisponíveis das pessoas com deficiência ou idosas, ressalta que a prática esportiva é apenas um dos direitos garantidos a todos os cidadãos. Segundo ele, em 2014, a promotoria não recebeu nenhuma denúncia sobre casos de dificuldade de acesso ao esporte em Rio Branco.

- Naturalmente, o esporte é um dos direitos fundamentais garantidos a qualquer cidadão, quer tenha ele deficiência ou não, mas não podemos pode ter uma visão tão estreita para achar que só a prática esportiva seja inclusão. Inclusão é tudo. O esporte é mais uma dessas formas na sociedade. Com relação a dificuldade de acesso ao esporte, não recebemos nenhum caso de denúncia. Este ano foi realizada uma paraolimpíada em Rio Branco, então não se pode dizer que no município exista obstáculo para a prática esportiva - afirma.

Nota: A matéria bem como as fotos foram
 publicadas no site G1 Acre no dia de ontem, 03.