O nível do rio Madeira continua subindo e atingiu uma nova marca histórica nesta sexta-feira (21). A Defesa Civil de Rondônia registrou 18,01 metros acima do nível normal das águas e afirmou que a situação é crítica. A cheia deixou 1.253 famílias fora de casa, entre desabrigados e desalojados em Rondônia.
A Defesa Civil do Estado acompanha a cada 15 minutos a medição do nível de água do rio Madeira, feita pela ANA (Agência Nacional de Águas) e concentra as ações de monitoramento meteorológico da região, na unidade de Porto Velho, por meio do Sistema de Proteção da Amazônia.
Duas cidades que estavam isoladas desde quarta-feira (12) começaram a receber ajuda, na quinta-feira). O Departamento de Estradas de Rodagem e Transportes de Rondônia construiu uma rota alternativa para dar assistência a Guajará-Mirim e Nova Mamoré. Desde a semana passada, a BR-425, via de acesso aos dois municípios, está alagada e interditada por causa da enchente do rio Madeira.
Pela rota, passarão apenas carros com assistência às duas cidades. Durante o período de isolamento, os municípios recebiam ajuda por helicóptero. Guajará-Mirim sofreu com falta de água potável e combustível automotivo, mas não teve desalojados ou desabrigados. Em Nova Mamoré, houve falta de gás, combustível e alimentos.
Nível do Madeira diminui em Abril
A Defesa Civil espera para os próximos dias uma pequena vazão do rio, como resultado de cinco dias sem chuvas registrados nas cabeceiras do Madeira, na região Andina, mas em seguida, deverá haver um repiquete, como reflexo de dois dias de chuva nos Andes (ontem e antes de ontem). Este acréscimo da água na bacia chega em Porto Velho em um período de seis a 10 dias. Depois disso, a elevação do rio vai depender do volume pluviométrico, que é elevado neste período. A expectativa é de que em março continue chovendo e como a bacia do Madeira está muito cheia, o rio só começará a baixar de forma significativa em abril.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Caetano, os governos federal, estadual e municipais estão estudando os orçamentos e as possibilidades de alocar recursos para obras de restauração e reestruturação dos danos provocados pelas alagações.
“Por enquanto, a prioridade é prestar socorro e assistência às pessoas afetadas”, sublinhou. Outra prioridade é buscar locais para alojar outras pessoas que possam ser atingidas pela água e encontrar alternativas para os abrigados nas escolas, para não comprometer o ano letivo.
fonte: Agência Brasil
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