Do G1 AC
A casa do líder seringueiro Chico Mendes, localizada no município acreano de Xapuri, distante 188 km de Rio Branco, será restaurada, depois de ter ficado completamente coberta pelas águas durante enchente histórica do Rio Acre que atingiu o município. O imóvel, construído na década de 60, passa por avaliação de engenheiros e técnicos do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A previsão é que o processo de restauração ocorra no segundo semestre deste ano. O Centro de Memória Chico Mendes também passa por avaliação. Na cidade, de pouco mais de 16 mil habitantes, o rio chegou a marcar 18,29 metros.
Segundo o superintendente do Iphan, Deygesson Gusmão, o órgão já havia contratado uma empresa para restaurar a casa antes da enchente. "Nós já havíamos licitado um projeto de restauração da casa. Já tinha sido entregue, mas da situação em que a casa se encontrava. Agora com essa enchente, o primeiro diagnóstico não serve mais e terá que ser refeito", explicou.
(Foto: Aline Nascimento/G1 e Quésia Melo/GE) |
O superintendente falou ainda que é necessário que um novo diagnóstico seja feito, tendo em vista que novos problemas possam ter ocorrido na estrutura da casa. "A casa passou um tempo submersa e podem ter surgido novos danos, novas patologias, a casa é de madeira. A previsão é que até o segundo semestre a restauração tenha sido iniciada", espera.
Gusmão explicou que ainda que há a intenção de rever a parte externa da casa, pois um córrego que fica localizado nos fundos do imóvel pode ter agravado a situação no período da cheia. "Outro ponto que nós vamos avaliar é que nos fundos da casa passa um córrego e nós queremos dar um jeito de tirá-lo de lá para não piorar a situação no caso de uma nova cheia", explicou.
(Foto: Aline Nascimento/G1 e Quésia Melo/GE) |
Transformada em museu, a casa do Chico Mendes é de responsabilidade da Fundação Elias Mansour (FEM). Ao G1, a presidente do órgão, Karla Martins, informou que todos os pertences tanto da casa, quanto do Centro de Memória, foram retirados dos locais, sem danos. "Nós conseguimos retirar tudo antes de a água chegar dentro dos imóveis. Os móveis estão sob a nossa responsabilidade e os pertences pessoais dele estão com a família, que nos pediu para guardá-los", explica.
Sobre o Centro de Memória Chico Mendes, Karla disse que o prédio também está passando por avaliação, mas não há previsão de que ele passe por restauração.
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